25 de abril de 2015

DOCE ARMADILHA

Wander:
Sou um animal carnívoro
E preciso da sua carne
Para me satisfazer.
Tenho um instinto devasso
Que o calor do seu abraço
Poderia conter.

Sou um animal arisco,
Que, muitas vezes, sente de longe
O cheiro de confusão.
Tenho instinto de caça,
Mas não quero nem um pedaço
Do seu coração.

Lindy:
Sou sua presa fácil
Cheirando à pecado;
Sou audaciosa e teimosa...
Atiço seu instinto selvagem
Sem pensar no perigo
Que posso correr.
Não tenho medo
Desse animal carnívoro
Que existe dentro de você.

Sei como lhe conter
No simples calor do meu abraço.
Esse lobo arisco fica rendido
Aos carinhos e carícias que faço
Com a mais pura má intenção.
E sei que se faz de difícil
Quando diz que não quer
Um pedaço do meu coração...!

24 de abril de 2015

CAÇA E CAÇADOR ( A )

Lindy:

Ela tinha algo que o excitava
Era coisa de pele,
De tato e de olhar penetrante...
Era como uma droga,
Um vício incontrolável.
Ela tinha algo que o prendia
E o dominava facilmente.
Ele era seu dependente
E ela gostava disso.
Gostava de vê-lo sempre aos seus pés,
Submisso;
Suplicando por seus carinhos e beijos
E desejando ter seu corpo despido.

Wander:

Ele tinha, por ela, tanto desejo...
Sentia a pele arrepiar,
Querendo lhe tocar,
Ao sentir-se presa
Daquele olhar penetrante.
Era como um viciado
E, ele, que tanto dominava,
Suplicava a sua atenção
E, sob aquele corpo despido,
Era dominado num instante!

Lindy Santos e Wander Rodrigues

PROVOCAÇÃO

Eu provoco
E atiço...
Não tenho problema algum
Em lhe ver constrangida.
Quero sua reação espontânea;
Quero ver seu lado sapeca
De menina atrevida.

Eu provoco
E insinuo....
Quero que veja a que ponto
Ainda posso chegar.
Quero que sinta o mesmo calor
E a força do furor
Da minha forma de me entregar.

E se lhe parece absurdo,
Saiba que isso ainda não é tudo
Que vem de minha mente devassa.
Mas se quiser seguir nessa jornada louca,
Olha em meus olhos e cale a boca,
Tire logo essa roupa
E me abraça.

Eu provoco
E arrisco...
Não vejo problema algum
Em buscar o fogo de sua libido.
Quero ver o seu suor escorrendo
Ao descobrir que se é prazer,
Para mim não é proibido.

Eu provoco
E atento,
Só pelo prazer
De lhe ver assim sem jeito.
Quero ver o quanto suporta
Enquanto o fogo do desejo
Queima dentro do seu peito.

E se lhe parece absurdo,
Saiba que apenas ficarei mudo
Se você disser que é hora disso ter um fim.
Mas se quiser seguir nessa jornada louca,
Fica quieta e beije minha boca;
Seja boa menina e tire a roupa
E entregue-se para mim!

Wander Rodrigues

23 de abril de 2015

CHAMADA ORAL

A tua boca diz palavras nuas,
Que passeiam pelo ar,
Excitando meus ouvidos.
Tua boca se encontra com a minha
E tua língua, por ela, passeia,
Enlouquecendo os meus sentidos.

E a noite preguiçosa
Abraça nossos corpos quentes,
Lambendo-os com sua brisa.
E a lua observa calada
Essa noite de entrega,
Pela qual o desejo desliza.

A tua boca sussurra palavras de desejo,
Que passeiam pelo poema
Que escrevi durante o dia.
Tua boca molha o meu corpo,
Enquanto passeia por minha pele
Que, sob sua língua, se arrepia.

E a brisa para de repente,
Como se desejasse aquecer
Ainda mais esse desejo.
E a brisa, mal-intencionada,
Faz eu procurar o frescor
No calor do teu beijo.

A tua boca atrevida
Sussurra em meu corpo
O teu conto libidinoso.
Tua boca encontra meu sexo
E tua língua passeia em meu êxtase,
Buscando o meu gozo.

E tudo some em minha volta
No momento em que me entrego
À loucura de te pertencer.
Tua boca declama um poema safado,
Enquanto tua língua passeia em meu sexo,
Lambendo todo o meu prazer...!

Wander Rodrigues

16 de abril de 2015

DESEJO DE COLO

Lindy:
Se eu chegar assim, sem avisar
Quieta, calada sem te encarar
Apenas me abraça
E me acolha com teus beijos.

Wander:
Sabes onde me achar...
Sabes onde me tocar;
Sabes como podes
Acender meu desejo.

Wander:
Mas se for apenas colo
Que teu silêncio quiser,
Saibas que eu o tenho aqui
Para que possas te aquecer.

Lindy:
Eu sei e tu sabes
Por isso nada fales.
Apenas deixa-te levar...
Conheço teus instintos;
Sei bem trilhar o caminho
Que me leva ao teu prazer.

Lindy:
Acendo teu desejo;
Realizo tuas vontades
E te faço meu lobo na cama,
Pra depois, do êxtase total,
Me aninhar em teus braços
E sentir teu calor em meu corpo;
Ouvir tua respiração ofegante.
E enquanto acaricia meu corpo,
Com suave vai e vem da tua mão,
Ouvirei tua voz saciada dizer:
-Por onde andavas, minha menina?!

lindy santos / wander rodrigues

15 de abril de 2015

VEM SER...

Vem ser minha menina...
Coloco-te em meu colo
E te dou o meu carinho
Cubro-te a boca de beijos devassos;
E te envolvo com meu abraço,
Apertando-te com jeitinho.

Sugo os teus seios,
Colocando-me no meio
De tuas pernas macias.
Mato a sede em tua boca
E desço, numa viagem louca,
Ao centro das minhas fantasias.

Vem ser minha menina...
Coloco-te ajoelhada
Em minha frente.
Acaricio teus cabelos macios
Enquanto te ofereço o membro no cio
Para que brinques contente.

Gozo em tua boca
E depois abocanho-te entre as pernas,
Buscando todo o teu prazer.
E depois do êxtase alcançado
Aninho-te em meu abraço apertado
Até o dia amanhecer...!

wander rodrigues

FOI-SE FADA

Minha fada passeia
Por outros jardins.
Não a vejo mais sob a luz da lua
E sua pele nua
Não se mostra mais para mim.

Não vejo mais seu sorriso...
Minha fada foi pra longe
Com seu jeitinho que me deixa louco.
Não posso mais sonhar com seus beijos
E nem mesmo desejar
O calor de seu corpo.

Minha fada admira outras flores
E outras fontes
Para saciar seus desejos.
Repousa seu corpo em outro quintal
E para outro promete
O sabor de seus beijos.

Não ouço mais sua voz
Dizendo-me que tudo
Ainda pode acontecer.
Não me inspira mais com seus traços
E agora os poemas que faço
Não conseguem comover.

Minha fada foi embora,
Entregar-se aos beijos sedentos
De um outro colibri.
Já não respiro o odor da poesia,
Minha fada agora passeia
Por outros jardins!

Wander Rodrigues