27 de janeiro de 2015

SE... AH, SE...

As sirenes da cidade,
Em pleno caos, não conseguem
Afastar sua voz que ainda ecoa
Em meu ouvido.
Se eu pudesse corria pra você;
Se eu pudesse, agora,
Agarraria sua mão
E traria você comigo.

Os trovões que ecoam,
Sobre a minha cabeça,
Não me fazem tremer tanto
Quanto a sua voz me falando.
Se eu pudesse estaria ao seu lado;
Se eu pudesse essa chuva, de agora
Estaria caindo sobre nós
Enquanto estávamos nos amando.

E essas sirenes insistentes,
Das viaturas que passam,
Não incomodariam os gemidos
Que escapariam de nossos lábios excitados.
Se eu pudesse... ah, se eu pudesse,
Essa noite você seria minha
E a manhã nos encontraria
Dormindo lado a lado...!

Wander Rodrigues

23 de janeiro de 2015

ATITUDE

Sei que o vento sussurra meu nome
Quando dormes e sonhas comigo
Em teus sonhos mais devassos.
Vem menina, deixa de lado o pudor
E admita de uma vez
A falta que eu te faço.

Deixa de lado essa distância
E vem aquecer teu corpo
No meu corpo que te quer.
Vem matar a tua sede
Na minha língua que tem sede
De todo o teu prazer.

Sei que sussurras meu nome
Quando roças as pontas dos dedos
Em teu sexo molhado.
Vem, menina e deixa de lado a incerteza
E admita de uma vez
Que me queres, em ti, encaixado.

Deixa de lado o recato
E abre as pernas para mim,
Acendendo minha libido.
Mata sua sede em minha boca
E não te acanhes de gemer como louca
No momento em que gozares
Comigo.

Wander Rodrigues

22 de janeiro de 2015

À SUA BOCA

À sua boca, menina,
É à sua boca que pertence
O calor dos meus beijos.
E salivo de vontade
Ao imaginar sua língua deslizando
Nos lábios que tanto desejo.

E fecho os olhos, toda noite,
Tentando sonhar sua visita
Para aquecer a minha cama.
E, geralmente, acordo assustado,
Sonhando você ao meu lado
Enquanto sua boca me chama.

A sua boca, menina,
É a sua boca que espero
Para aquecer minha pele arrepiada.
E salivo de vontade
Ao imaginar sua boca deslizando
Em minha pele excitada.

E fecho os olhos, toda noite,
Tentando sonhar a visita
Desse seu corpo tão fogoso.
E, geralmente, acordo assustado,
Sentindo o lençol molhado, pensando
Que sua boca me faz acabar em gozo!

wander rodrigues

CHAMA...

Chama...
Diz meu nome, baixinho,
Enquanto toca o seu corpo.
Imagina que eu queria estar em sua frente,
Imagina-me beijando seus lábios,
Enquanto seu perfume me deixa louco.

Chama...
Diz meu nome bem baixinho,
Enquanto suas mãos invadem a blusa.
Imagina minha língua invadindo sua boca
E minhas mãos tirando minha roupa
Enquanto deixo que você me seduza.

Imagina-me sussurrando em seu ouvido
Todos os poemas apaixonados
E tão devassos que lhe escrevi.
Imagina meu membro duro,
Excitado em sua frente
E querendo lhe sentir.

Então chama...
Apenas me chama baixinho
Pra eu saber que você me quer.
Diz meu nome num sussurro
E diz que vai saciar minha fome,
Fazendo tudo o que eu quiser.

Chama...
E não se faça de rogada,
Me negando o prazer desse desejo.
Chama meu nome com carinho
E deixa explodirem todos os fogos
Contidos em nossos beijos.

Imagina-me abusando do seu corpo,
Enquanto você chama meu nome
Nesse momento de puro tesão.
Então me chama baixinho
E deixa eu me prender no seu abraço
Enquanto ardemos juntos
Na chama dessa paixão...!

wander rodrigues

POR TRÁS

Quero sentir seu gosto,
Por trás.
Quero você rebolando
Em minha boca
E pedindo mais.

Quero ter suas nádegas abertas
Para o toque
Da minha língua atrevida.
Quero sentir seu gosto
Por trás,
Gemendo a cada investida.

Quero sentir o calor
Que sai de suas entranhas
Enquanto você geme feito louca.
Quero sentir seu gosto por trás
E me lambuzar todo
Quando você gozar
Na minha boca!

wander rodrigues

17 de janeiro de 2015

FILHINHA DE PAPAI


Para quebrar um pouco o ritmo, hoje vou postar um dos meus contos... Comentários são bem vindos...
                

                                   
              

         O som estava alto nos fones de ouvido. Ela estava ansiosa. Seus pais estavam demorando a sair nesta sexta-feira. Abaixou o som para ouvir o que eles estavam fazendo e ouviu a voz de seu pai, como se ele estivesse profetizando:
         ''Eu não sei Marta... Não acho boa ideia deixá-la sozinha hoje... ''
         ''Mas por que isso logo agora, Jorge? Nossa filha fica sozinha toda sexta à noite, desde os quatorze anos... Você acha que ela vai fazer alguma besteira logo agora que já tem dezessete anos?''
         ''Não é isso, mulher... Sei lá. De repente me bateu uma insegurança. ''
         ''E você acha justo deixar os nossos amigos na mão, assim, sem nem ao menos avisar?
         ''É... você tem razão. Vamos embora, então... ''
         Ela ouviu seu pai pegando as chaves do carro, enquanto sua mãe aparecia na porta de seu quarto para lhe recomendar juízos, e desejar-lhe boa noite, dizendo que chegariam sábado, por volta do meio-dia.
         ''Qualquer coisa você já sabe; pode ligar para a casa do Roberto que nós viremos voando, tá certo?''
         ''Tudo bem, mamãe. Pode ficar tranquila... Boa reunião... ''
         Depois de todas as formalidades, finalmente ouviu o carro de seu pai se distanciando de casa. Neste momento sua ansiedade começou a aumentar consideravelmente. Toda a casa estava em silêncio. Ela pegou o telefone para ligar para Cristina, sua colega de longas baladas nos finais de semana, mas ela já havia saído.
         ''Que droga! O que eu vou fazer agora?'' - gritou.
         Passou por todos os cômodos da casa sem conseguir tomar nenhuma atitude. Voltou enfastiada para o seu quarto. Pegou o livro de biologia que vivia relutando em estudar, e começou a ler, sem muita vontade. Já havia lido quase a metade do livro, quando ouviu um barulho na sala.
         ''Será que o papai esqueceu-se de fechar a porta da frente?'' - Perguntou-se assustada.
         Levantou-se silenciosamente e foi, na ponta dos pés, até a porta. Nesse momento a porta abriu-se violentamente, fazendo-a cair ao chão, e um rapaz encapuzado apareceu à sua frente de forma ameaçadora, empunhando um estilete.
         ''E aí, gostosa. Papai e mamãe deixaram o bebê sozinho em casa?''-perguntou o rapaz em tom sarcástico. -''Mas adivinha só... Titio veio dar colinho pra nenê. Só que tem de ficar boazinha, senão vai levar umas palmadas, hein...''
         Ela estava atônita. Sua voz simplesmente não saía.
         De repente se deu conta de que o seu baby doll estava pela cintura, e um certo rubor tomou conta de sua face.
         ''Ah, nenê... Não precisa ficar acanhada... O titio só quer brincar um pouquinho... '' -disse ele, vindo para cima dela com um olhar faminto de desejo.
         Apesar dos seus dezessete anos, seu corpo era bem formado, com pequenos seios bem definidos, nádegas arredondadas e convidativas e coxas grossas. Tudo isso sem contar a beleza de seu rosto e de seus lábios carnudos.
         ''Não!'' -disse ela, num ímpeto- ''Por favor, não me faça mal...'' -completou, com uma voz perto do choro.
         Mas ele veio por sobre ela, segurando-lhe o rosto, enquanto passava delicadamente o cabo do estilete no interior de suas coxas, causando-lhe um arrepio involuntário.
         ''Mas quem foi que disse que eu vou lhe fazer mal? Olhe só, você já teve até um arrepio de tesão... Ou vai me dizer que foi por causa do frio desta noite quente?''
         O pior de tudo é que ela realmente havia sentido um leve e incômodo prazer, que saiu do cabo frio do estilete, esquentando-a no momento que a tocou, fazendo-a sentir, mesmo que contra a vontade, um leve comichão em sua vulva adolescente.
         ''Não, por favor...'' -pediu novamente- ''Não se aproveite assim da minha fraqueza...''
         Mas ele estava pouco se importando. Já havia tirado a camisa e desabotoado as calças, vindo novamente acariciar suas coxas nuas, divertindo-se ao perceber que ela estava começando a se excitar, apesar do medo que demonstrava. 
         ''Olha aqui, mocinha, é melhor você parar de choramingar, porque eu vou te comer de qualquer jeito, você queira ou não.'' -advertiu-a com voz mansa, enquanto subia com a lâmina sobre as coxas brancas, arranhando-as levemente, até chegar perto da sua vagina, retesada pelo medo.
         Ele olhou demoradamente para o leve inchaço sob a calcinha de algodão, notando um pequenino círculo de umidade que se formava ali. Debruçou-se no meio de suas pernas e aspirou o odor que dali emanava.
         ''Olha só... Sua pombinha está babando...'' -Disse num tom carinhoso- ''Aposto que ela está doidinha para bicar a minha salsicha, não é verdade?''
         ''Não, não. Por favor.'' -Ela apenas soluçava, de olhos fechados, tentando, inutilmente, esconder com as mãos o desejo que se mostrava em sua calcinha.                  
         ''Tira a mão, sua vadia de uma figa.'' -gritou ele, num acesso- ''Você está querendo apanhar mesmo, não é verdade?''
         ''Não. Por favor... Eu deixo o que você quiser, mas não me bata...''
         ''Assim é bem melhor. Vem aqui.'' -disse ele, levantando-a e jogando-a na cama- ''Eu quero você agora!''
         Ele puxou com força seu baby doll, rasgando-o, e começou a beijar seu pescoço. Suas mãos apalpavam os seios dela com maestria, enquanto ele tentava penetrar-lhe a boca com a língua, sentindo o gosto salgado de suas lágrimas.
         Deslizou lentamente uma das mãos por seu ventre, alojando-a dentro da calcinha. Sentiu os pelos macios roçando-lhe a palma e escorregou o dedo médio para o meio dos lábios de sua vagina, à esta altura um tanto escorregadia. Neste momento ela soltou um gemido abafado, enquanto o rapaz sentia sua mão ficando molhada. Isso pareceu deixá-lo nervoso.
         ''Ah, sua putinha!'' -gritou, retirando abruptamente a mão de sua vagina e dando-lhe um tapa na face rosada.
         ''Quem mandou você gozar, sua cadela ?''
         Ela, que até então sentira-se humilhada, devolveu-lhe, surpresa consigo mesma:
         ''Gozei. Gozei mesmo, seu filho da puta. Não é o que você queria?''
         Ele olhou-a, com um ar atônito sob o capuz. Seus olhos flamejavam por causa da insolência da menina. Virou-a de bruços na cama e arrancou-lhe a calcinha.
         Ela afundara o rosto entre os lençóis, envergonhada com a ousadia que demonstrara.
         ''Agora ele vai me comer...'' -pensava- ''Eu tô fudida. Tô fudida...''
         Mas ele não a comeu.
         Ela esperou.
         E esperou. Mas tudo que ela sentia era que ele estava lá, parado atrás dela, e, certamente, ainda com as calças.
         Ela tomou coragem e, lentamente, levantou a cabeça. Mas ao virar o rosto para olhá-lo ela viu a sombra de um cinto de couro que descia sobre a pele branca de suas nádegas; uma: duas; três; quatro vezes.
         Ela gritava de dor, com o rosto enfiado no colchão.
         ''Eu falei que se não fosse boazinha você apanharia, não falei?'' -ela ouviu-o dizer, depois que ele parou- ''Agora eu vou te comer putinha.'' Disse enquanto tirava as calças- ''Vou arrombar o teu cuzinho, sem dó!''
         ''Não, por favor. Eu faço o que você quiser, mas não come minha bundinha, não...'' -suplicou ela, entre soluços.
         ''Não tem mais acordo.'' -disse ele, enquanto lambuzava seu ânus com um creme gelatinoso- ''Abra as pernas, sua cadela.''
         Ele começou a forçar a entrada do pênis no ânus da garota. Porém ela o contraía, dificultando o seu acesso.
         Então sentiu uma ardência em sua nádega direita quando um tapa violento a atingiu, e ouviu-o gritando novamente- ''Qualé, sua cadela? Vai cooperar ou não?''       
         ''Aiii, seu viado...Por quê não enfia no teu pra ver se é gostoso.''
         Ao dizer isso ela se sentiu violentamente puxada pelos cabelos, e ele disse, entre dentes, no seu ouvido:
         ''Rá, rá, rá, rá... Muito engraçado, cadela. Mas agora eu vou enfiar o meu pau no teu cu. E se travar de novo eu vou enfiar o estilete na tua garganta, entendeu?''
         Quando ela o ouviu falar assim, um arrepio estranho desceu por sua espinha, fazendo sua vagina ficar lubrificada no mesmo instante. Então ela se entregou ao desvario por um momento, sentindo-se como uma prostituta que se entrega aos desejos do seu cafetão.
         ''Então tá,'' -disse ela baixinho, tentando não mostrar o desejo, para não irritá-lo- ''me come do jeito que você quiser. Enfia o teu pau no meu cu. Mas enfia devagarinho pra não doer, por favor...'' -terminou num sussurro.
         ''Assim é que se fala... Assim é que o titio gosta.''
         Ele abriu novamente suas pernas. Olhou cheio de desejo para o buraquinho rosado, untado com o creme que havia trazido, e pôs ali a cabeça do membro, que pulsava em sua mão.
         Foi empurrando devagarinho, sentindo o buraquinho apertar e soltar; apertar e soltar, como alguém que toma fôlego para engolir um pouco mais de alimento.
         Ela, por sua vez, sentia o esfíncter ardendo por causa do intruso que invadia o canal de seu reto. Fazia força para fora, tentando expeli-lo e, nesses momentos sentia que ele entrava ainda mais, e então apertava involuntariamente o buraquinho invadido.
         De repente sentiu os pelos do rapaz em suas nádegas. Levou uma das mãos para trás e descobriu que ele estava todo dentro dela.
         Ele estava todo dentro dela, e ela estava adorando...
         Sua bunda ardia por causa da surra. Seu ânus ardia por causa do intruso. Mas ela estava adorando...
         Começou a rebolar devagarinho para aproveitar mais daquele estranho prazer. E desta vez o estranho foi mais solícito.
         ''Ah, putinha... Assim... Eu sei que você está gostando... Então aproveita, porque agora eu quero ver você gozando. Vai...''
         ''Então...'' -dizia ela, com certa dificuldade- ''tira um pouco e põe de no...voo. Vaaiiihhh... mostra que você é bom... mosss...traahh...''
         Ele começou, então, a pôr e tirar. Primeiro lentamente. E aos poucos foi aumentando o ritmo, deixando-a alucinada.
         Ela rebolava cada vez mais rápido na vara do rapaz, sentindo que mais um gozo se aproximava, quando, de repente ele, simplesmente sai de dentro dela e a imobiliza na cama.
         ''Pôrra, seu viado... O quê você pensa que está fazendo?''
         Aquilo o irrita novamente, e ele a puxa pelos cabelos.
         ''Cê acha que eu não percebi não sua putinha?''
         ''Aii... Percebeu o quê, seu imbecil?''
         ''Não fala assim não sua cadela...'' disse ele, apertando seu pescoço- ''Você está se esquecendo quem é que manda aqui, e isso não é nada bom...''
         ''Poxa,'' -disse ela, fingindo inocência- ''eu achei que você queria me ver gozando...''
         ''E eu quero ver você gozando, sua piranha; mas não mandando em mim, entendeu?''
         ''Tá bom. Eu entendi. Agora, por favor, me faz gozar... Por favor... Por favor...''
         ''Assim é bem melhor. Então limpa o meu pau, porque eu vou provar esta bocetinha deliciosa...'' -disse ele, por fim, virando-a e colocando o pênis enrigecido perto de seu rosto macio.
         Como ela relutasse um pouco a idéia de pôr a boca naquele membro que havia acabado de sair de seu ânus recém deflorado ele puxou sua cabeça de encontro à sua virilha.
         ''Pôrra, menina, seu pai não te ensinou obediência, não? Chupa logo putinha de uma figa!'' -disse, forçando o pênis contra aqueles lábios carnudos.     
         Ela abriu os lábios, relutante, para que o membro os invadisse, decidida a não ajudá-lo muito nesse propósito, mas quando sentiu o gosto amargo de seu reto abandonando seu paladar ela se viu, novamente dominada pela prostituta que havia dentro de si, e começou a chupar, alucinadamente, o pênis que pulsava em sua boca.
         Ele sentiu que nâo iria suportar por muito tempo naquela boca deliciosa sem gozar. Então tirou da boca da menina o membro molhado de saliva e, colocando-se entre suas pernas, invadiu-a de uma só vez, socando-se dentro daquela vagina apertada, sem piedade.
         Ela sentia-se arrombada. Sua vagina parecia ter sido rasgada por espinhos, ante a violência com que foi invadida. Porém, aos poucos ela começou a sentir o caldo do tesão vindo lubrificá-la novamente, trazendo arrepios indescritíveis para todo o seu corpo.
         Um calor infernal tomou conta dos sentidos, enquanto o tarado entrava e saía de sua vagina, e ela começou a balbuciar palavras cheias de luxúria no ouvido do rapaz:
         ''Vai, meu tarado gostoso... Arromba minha bucetinha, arromba... Ah... Rasga ela... Igual você ras...goou...uh... o meu... cuzin...nho... aahh...''
         Ele continuava bombando o seu membro. Estava enlouquecido de prazer.
         ''Ahh... Que bucetinha gostosa sua putinha... Sua cadelinha... vadia...''
         Ela o agarrou pelas nádegas, puxando-o para dentro de si, quando sentiu o caldo quente de seu gozo invadi-la em golfadas, e deixou que o prazer tomasse conta de todos os seus sentidos, gozando como há muito tempo não gozava.
         ''Aaaahhhhh... seu putoooohhh... gozaaaahhh... me enche com tua pôrra gostooooo...'' -ela não conseguiu terminar sua frase, pois o gozo foi tão intenso que ela, simplesmente desmaiou sob seu algoz.
        



         O sol bateu em sua face.
         Ela abriu os olhos, incomodada com a claridade.
         Olhou para o relógio sobre a cômoda. Onze horas. Dali a pouco seus pais chegariam.
         Olhou em volta e percebeu a bagunça que estava o seu quarto.
         Tentou levantar-se, mas sua cabeça estava girando. Sentiu um líquido viscoso escorrer-lhe pelas pernas e uma ardência excessiva nas nádegas.
         Levantou-se com certa dificuldade, indo para frente do espelho. Ao ver as marcas em sua pele branca lembrou-se da noite que tivera.
         Seu ânus ardia muito, mas ela estava sentindo um prazer tétrico com isso.
         De repente seu telefone toca e ela atende- ''Alô...''
         ''Ooiii, tudo bem.'' - era o seu namorado- ''Tudo certo para o cinema esta noite?''
         ''Tu...tudo certo.'' -respondeu ela meio vacilante.
         ''Tá tudo legal com você? Está estranha...''
         ''Poxa, desculpa. É que a noite foi cheia de surpresas para mim...''
         ''O que aconteceu? Coisa boa ou ruim?''
         ''É estranho, sabe. Eu fui estuprada''
         ''Como é que é? Estuprada?''
         ''É... Mas não se preocupa, não. Sabe, foi muito bom...''
         ''E mais essa, agora... Você gostou? Foi estuprada e gostou? A pica devia ser muito doce, não é verdade?''
         ''Bom, doce não era. Mas era muito gostosa. O único problema é que eu tô toda marcada. Você não precisava ter sido tão bruto...''
         ''Ah, pôrra, cê fica querendo mandar, meu...''
         ''Tudo bem, você tem razão. Mas foi muito bom. Da próxima vez vai ser melhor?
         ''Da próxima vez vou te levar uma surpresa de vinte centímetros, tá?''
         ''Tá ótimo. Agora eu vou desligar. Os meus pais estão chegando.''
         ''Tudo bem. Eu te amo...''
         ''Eu também te amo, Tchau!''
         Ela desligou o telefone e vestiu um roupão para que seus pais não vissem as marcas de seu corpo. Nesse momento seu pai abre a porta:
         ''Olá filhinha... Mas que bagunça... Sua noite foi agradável?''
         ''Foi agradabilíssima, papai.''
         ''Ótimo. Então arrume esta bagunça, e depois ajude sua mãe na cozinha, tá ok?
         ''Tudo bem, papai. Já tô indo...''
         ''Essa é a filhinha que o papai adora: Sempre obediente e recatada. Não demora...'' -disse seu pai, fechando a porta do quarto, deixando-a sozinha com as marcas do seu prazer noturno e com seus pensamentos:
         ''É...'' - repetiu ela, em pensamentos, enquanto passava uma das mãos nas coxas para conter o esperma que escorria- ''Essa é a 'filhinha do papai'...''

Wander Rodrigues


7 de janeiro de 2015

TENTAÇÃO

Belo fruto suculento...
Doce tormento,
Suave,
Que não me abandona.
Deliro com tanto desejo
E te sonho,
Toda noite
No aconchego da minha cama.

Belo fruto do pecado...
Desejo inacabado,
Intenso,
Que atiça minha fome.
Deliro com tua imagem
E te sonho,
Toda noite,
Só para acordar recitando teu nome.

Quero-te com tanta intensidade...
Com tanta vontade,
Sem fim,
Nessas noites de tormento.
Deliro com todo esse desejo
E te sonho toda noite,
Entregando-se para mim,
Belo fruto suculento!

Wander Rodrigues

6 de janeiro de 2015

RAZÃO

Ainda ouvirei tua voz
Sussurrando poemas de safo
Em meus ouvidos.
Sabes bem que não presto
Eu sei bem que é isso
O que mexe com teus sentidos.

Ainda terei teu corpo tremendo em meu abraço
Enquanto tremerei de desejos
Enfiado em ti.
Sabes bem o quanto te quero
E o quanto sonho contigo
Quando consigo dormir.

Então vem para mim de braços abertos
Enquanto desabotoo e abro
A roupa que cobre teu corpo.
São tantas as razões porque te quero,
Tantas razões para te esperar
Que já estou ficando louco!

Wanderley Rodrigues